90 anos da conquista do voto feminino no Brasil

Hoje, dia 24 de fevereiro, completamos 90 anos da conquista do voto feminino no Brasil. Somente em 1932, o Código Eleitoral do país permitiu que mulheres exercessem seu principal papel enquanto cidadãs: a escolha do seu representante político.
Na Assembleia Constituinte de 1934 que contou com a atuação das mulheres, o direito foi legitimado!
Bem como a regulamentação do trabalho feminino, a igualdade salarial e a proibição de demissão por gravidez. Mesmo que muito disso siga sendo uma realidade apenas no papel.

Essas conquistas legais foram frutos do movimento sufragista europeu e estadunidense que reverberaram e motivaram a luta de mulheres brasileiras pela participação política, especialmente pelo direito ao voto.

No Brasil, a luta pelo voto feminino se estabeleceu a partir de 1910, sob o comando de ativistas como Leolinda de Figueiredo Daltro e Bertha Lutz.

O voto é uma história de exclusão

Apesar da legitimação em 1934, a constituição só garantia o direito ao voto às mulheres assalariadas e alfabetizadas.

Em 1946 a lei foi ampliada, considerando eleitor os brasileiros maiores de 18 anos que se alistassem na forma da lei. Mas foi apenas em 1985 que pessoas analfabetas também tiveram esse direito garantido. Parcela que representava 27,1% das mulheres, na década de 80.

Faz menos de 20 anos que todas as mulheres conquistaram o direito ao voto!

Nossa luta é constante

Somos 52,5% do eleitorado, uma força massiva e gigantesca na escolha de um representante e na escolha do caminho que nosso país vai percorrer pelos próximos anos.
Nunca se esqueça que basta uma crise políticaeconômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida. - Simone de Beauvoir

Foi com muita luta, sangue e suor que esses direitos foram conquistados por tantas mulheres revolucionárias que vieram antes de nós. E é com essa mesma luta que seguimos, para manter o que nos foi garantido e reivindicar aquilo que ainda não foi.
Em mais um ano de eleição, que a gente se lembre que o voto é uma das principais formas de mudar o rumo da nossa sociedade.
A luta é mais que legal, é política, cultural e social!

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